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Onde podemos encontrar o Timerosal? [9]

Actualmente, alguns países, sobretudo os sub-desenvolvidos, continuam a administrar vacinas que contêm timerosal na sua constituição ou o usam durante o processo de fabrico.

 

Quando o conservante é utilizado durante o processo de fabrico mas não adicionado no produto final, as vacinas apresentam apenas quantidades vestigiais de timerosal (<0,5 µg por dose).

 

O timerosal pode ser adicionado à vacina para prevenir contaminação bacteriana em formulações multidose. Neste caso, as concentrações podem variar entre 10 a 50 µg por dose. As vacinas que se incluem neste caso sao as vacinas contra a difteria, tetano e pertussis (DTP), hepatite B, Haemophilus influenzae tipo b e influenza.

 

O timerosal também se encontra atualmente presente em produtos cosméticos. Está prevista a sua utilização como conservante em rimeis e sombras. No entanto é existem também à venda na internet cosméticos cujo teor de timerosal não é regulamentado. 

Quem está em risco?

A populacao de risco são os recém-nascidos, devido as caraterísticas anatómicas destes, entre as quais:

 

  • Baixo peso corporal associado ao nascimento prematuro aumenta o teor de timerosal acumulado no organismo

  • Incompetência do sistema metabólico hepático, inexistência de metalotioneína 

  • Barreira hemato-encefálica não está bem formada, apresentando aberturas e maior suscetibilidade aos xenobióticos

  • Exposição a doses repetidas, poderá levar a uma acumulação dos produtos do metabolismo do timerosal.

É seguro?

No caso dos produtos cosméticos, uma vez que não são regularizados, obviamente que não podemos dizer que são seguros. Há que ter cuidado na compra destes produtos.

 

Hooker B. et al, após uma revisão da literatura considerou que o timerosal contido em várias vacinas não se relaciona com a incidência de danos neurológicos verificados ao longo do crescimento de algumas crianças e que os artigos que confirmam a existência de uma relação direta entre o timerosal e os danos neurológicos têm sérias lacunas nas metodologias usadas.

Apesar da maioria da literatura indicar para um não perigo do timerosal, a verdade é que ao longo dos anos tem sido retirado de algumas vacinas. Se a retirada foi devido à confirmação de causalidade com os danos ou apenas devido à pressão social, é uma questão que fica em aberto.

Existem alternativas?

A solução seria substituir o timerosal por outro conservante com as mesmas características ótimas de antibacteriano e antifúngico. No entanto, não existe um composto com estas características e, para além disso, a substituição por um novo conservante iria exigir novos ensaios e mais um custo para a indústria farmacêutica e como não há aparentemente nada que comprove a toxicidade do timerosal a industria considera que não há razões para a sua substituição.

 

Outra solução seria retirar o conservante de todas as vacinas que o contêm, ou seja, substituir todas as vacinas de multi dose por vacinas uni dose, o que por um lado acarretaria custos elevadíssimos e que muitos países não o conseguiriam suportar e por outro lado em países tropicais é essencial o uso de um conservante. 

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© 2015 por Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Endereço

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto 
Morada: Rua de Jorge Viterbo Ferreira n.º 228, 4050-313 PORTO

Os autores deste trabalho, Ana Daniela Martins Almeida nº 100601041, Eugénia Catarina Gonçalves Bastos nº 200500902, Tânia Raquel Silva Gonçalves nº 201106209, estudantes do MICF da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaramos ter atuado com absoluta integridade na elaboração desta monografia. Nesse sentido, confirmamos que NÃO incorremos em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais declaramos que todas as frases que retiramos de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

 

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 29 de Maio de 2015

Declaração de integridade

Trabalho  realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo 2014/2015 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) - Portugal.

 

Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando  Remião do Laboratório de Toxicologia da FFUP

 

http://remiao.wix.com/toxicologia

remiao@ff.up.pt - Prof. Fernando Remião

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