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A preocupação com a vacina 

      As preocupações com os níveis de mercúrio aquando da utilização de vacinas que contêm timerosal surgiram nos Estados Unidos em 1999 com a introdução da vacina da hepatite B nos recém-nascidos. Associavam a utilização do conservante como o responsável dos danos neurológicos nas crianças e que esta seria provavelmente a causa do autismo.

     Nesta história temos dois grupos, o grupo dos pais e o grupo dos médicos. No primeiro grupo, os pais não percebem como as suas crianças saudáveis começaram a ter sintomas de autismo apenas aos 2 anos de vida. Os pais notam uma similaridade de sintomas do autismo com o envenenamento pelo mercúrio pelo que associam com a vacina contendo o timerosal e exigem uma explicação. Depois há o grupo de médicos epidemiologistas que tentam perceber o porquê do autismo estar a aumentar significativamente, mesmo após a retirada do conservante das vacinas.

Países Subdesenvolvidos

O problema do timerosal em muitos países foi resolvido substituindo as vacinas de multidose para as vacinas de dose unitária, livres assim do timerosal.

 

No entanto, em países sub desenvolvidos os frascos de multidose continuam a ser importantes para a administração da vacina. As vacinas multidoses sem conservantes como o timerosal seriam um grande perigo para a saúde resultando em graves problemas ou até mesmo na morte. 

Portugal

Em Portugal, as vacinas que atualmente fazem parte do Plano Nacional de Vacinação e a vacina da gripe têm timerosal apenas em quantidades vestigiais, pelo que este nem sequer é referido na sua composição

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Estudos realizados

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Efeito neurológico do Timerosal 

 

          Com o objetivo de verificar se os fatores imunogénicos regulam a vulnerabilidade do mercúrio aos danos no desenvolvimento neurológico, expôs-se os ratinhos a diferentes doses de timerosal no mesmo tempo que é realizada a imunização pediátrica.

          Distúrbios neuropatológicos e comportamentais foram observados em ratinhos SJL/J com sensibilidade auto-imune e não em ratinhos sem essa sensibilidade.                             Basicamente constatou-se uma relação nas vacinas contendo o timerosal e danos no desenvolvimento neurológico em ratinhos com sensibilidade autoimune. 

 

          O estudo mostrou que doses elevadas de timerosal (20 vs o que é usado no humano) é capaz de induzir desregulação neurológica,  na função sináptica, no sistema endócrino e desenvolver comportamentos de autismo. Como a dose utilizada é 20 vezes superior ao que é utilizado nas vacinas de multi dosenão podemos transpor estes acontecimentos ao humano pelo que serão necessários estudos que avaliem a toxicidade do timerosal em dose semelhantes às que são usados no homem.

          Um aspeto importante neste estudo reporta-se com as alterações a nível endócrino que foram visíveis apenas no rato macho e não na fêmea e, na realidade, o autismo é uma desordem com tendência masculina.  

           Basicamente, este estudo mostra que doses elevadas de timerosal poderá induzir sintomas que se associam ao autismo, no entanto, como as doses aqui utilizadas excedem aquelas que são praticadas no homem, não podemos fazer uma associação direta do conservante com o aparecimento do autismo.

 

           Por outro lado, surgem factos que nos remetem para a exclusão da associação do timerosal com o autismo.

           Na Dinamarca em 1992 as vacinas deixaram de ter timerosal e a incidência do autismo aumentou. Concluiu-se que provavelmente o timerosal não estará diretamente associado com o autismo.

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© 2015 por Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Endereço

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto 
Morada: Rua de Jorge Viterbo Ferreira n.º 228, 4050-313 PORTO

Os autores deste trabalho, Ana Daniela Martins Almeida nº 100601041, Eugénia Catarina Gonçalves Bastos nº 200500902, Tânia Raquel Silva Gonçalves nº 201106209, estudantes do MICF da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaramos ter atuado com absoluta integridade na elaboração desta monografia. Nesse sentido, confirmamos que NÃO incorremos em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais declaramos que todas as frases que retiramos de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

 

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 29 de Maio de 2015

Declaração de integridade

Trabalho  realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo 2014/2015 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) - Portugal.

 

Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando  Remião do Laboratório de Toxicologia da FFUP

 

http://remiao.wix.com/toxicologia

remiao@ff.up.pt - Prof. Fernando Remião

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