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EtHg e MeHg - Estudos

Tempo de semi-vida

 

         Um estudo feito por Rochester at al. mostrou que o tempo de semi-vida do etilmercúrio é de apenas 6 dias comparando com os 40 dias do metilmercúrio. O etilmercúrio é rapidamente excretado pelo intestino e fracamente acumulado no corpo uma vez que é logo convertido em mercúrio inorgânico que, por sua vez, é muito menos tóxico para o cérebro. [7] Em 2004 a National Institutes of Healths confirmou o curto tempo de sem- vida do etilmercúrio. [8]

         Numa fase inicial de distribuição o etilmercúrio apresenta um comportamento semelhante ao metilmercúrio, diferem no entanto nos órgãos onde ocorre deposição (onde irá ocorrer toxicidade) e na velocidade de transformação em mercúrio inorgânico (Hg2+). Assim, apesar de alguns pontos em comum relativamente ao metabolismo, o perfil toxicológico do metilmercúrio não pode ser comparada à do etilmercúrio.[5]

 

 

Estudos de toxicidade in vitro [5,6]

 

Etilmercúrio: 

  • Evidências de formação de aductos com cadeias simples de DNA, com efeitos inibitórios do ciclo celular. Esta evidência indica uma maior suscetibilidade das células em fenómenos de replicação.

  • Ligação aos grupos de cisteína da albumina sérica humana, ocorrendo a formação de aductos. 

 

Hg inorgânico - toxicocinética:

  • concentra-se no rim:

 – túbulos renais (principal órgão alvo)

 – Absorção renal pela membrana luminal dos túbulos proximais na forma de conjugados com cisteína (Cys-S-Hg-S-Cys)

 – Absorção renal por transportadores OAT da membrana basolateral 

  • No sangue: eritrócitos e ligado às proteínas plasmáticas; distribuição rápida aos tecidos.

  • Não atravessa facilmente a BHE e placenta (baixa capacidade de eliminação: exposição prolongada leva a acumulação dos iões de Hg inorgânico) 

  • Eliminação: principalmente eliminado nas fezes e urina

 

Células neuronais: demostram toxicidade semelhante ao meHg: 

  • Produção de stress oxidativo com depleção das reservas antioxidantes;

  • Inibição de enzimas importantes no metabolismo e ciclo celular (topoisomerase II alfa, p.e.);

  • Interferência com a actividade de transportadores e neurotransmissores;

  • Depleção das reservas de glutationa; 

  • Indução de morte celular.

 

No entanto, estes resultados não verificam em condições in vivo. EtHg tem menor toxicidade in vivo que meHg por diferenças nas vias metabólicas, taxa de excreção e, consequentemente, tempo de semi-vida. 

 

Estudos de toxicidade in vivo [6]

 

        Confirmam que etHg é menos tóxico que meHg, sendo que levam a diferentes perfis toxicológicos. No entanto são necessários modelos animais mais adequados para se avaliar o efeito de doses repetidas de timerosal  em combinação com posteriores exposições a meHg em fetos e crianças. 

        Alguns estudos observacionais em humanos indicaram que, quando há exposição simultânia a baixas doses de etHg e meHg durante o periodo pré-natal, o desenvolvimento neuronal é pouco afectado. São portanto necessários mais estudos nesta área para estabelecimento da NOAEL (no-observed adverse effects level).

 

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© 2015 por Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Endereço

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto 
Morada: Rua de Jorge Viterbo Ferreira n.º 228, 4050-313 PORTO

Os autores deste trabalho, Ana Daniela Martins Almeida nº 100601041, Eugénia Catarina Gonçalves Bastos nº 200500902, Tânia Raquel Silva Gonçalves nº 201106209, estudantes do MICF da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaramos ter atuado com absoluta integridade na elaboração desta monografia. Nesse sentido, confirmamos que NÃO incorremos em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais declaramos que todas as frases que retiramos de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

 

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 29 de Maio de 2015

Declaração de integridade

Trabalho  realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo 2014/2015 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) - Portugal.

 

Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando  Remião do Laboratório de Toxicologia da FFUP

 

http://remiao.wix.com/toxicologia

remiao@ff.up.pt - Prof. Fernando Remião

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